Publicado em 04 de julho de 2013 por Mecânica de Comunicação
Reforço privado no equacionamento dos gargalos logísticos
Com 60% do transporte de cargas sendo feito por rodovias - apenas 13% delas pavimentadas, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes -, o Brasil tende a conviver com permanentes dificuldades de logística. Todos os segmentos econômicos ligados ao transporte de cargas sofrem com elevação de custos e desperdício de combustíveis decorrentes dessa estrutura deficitária para a movimentação de caminhões. Tal situação de insuficiência rodoviária é agravada sobremaneira por deficiências históricas em nossa infraestrutura ferroviária, hidroviária e portuária.
Crédito: Porto de Paranaguá
No tocante a esse último gargalo, o dos portos, o Governo Federal tem dado passos importantes na direção de uma solução que envolverá, necessária e obrigatoriamente, o setor privado. Após a aprovação, no Legislativo, do novo marco legal para a área portuária, acaba de ser anunciado o início do processo de concessão, à iniciativa privada, de 50 áreas destinadas à construção de terminais portuários. Calcula-se que devem ser investidos, pelas empresas privadas, cerca de R$ 11 bilhões e o Governo Federal já antecipou que novas áreas serão abertas à iniciativa privada.
Além de começar a equacionar o gargalo portuário, problema sério e crônico, o governo brasileiro também consolida sua intenção de conceder, cada vez mais, importância e participação para o capital privado nas obras de infraestrutura, tão necessárias para fazer deslanchar a economia. Essa sinalização de maior abertura governamental para o capital privado auxiliar na ampliação e modernização da infraestrutura brasileira foi objeto de intenso debate no Construction Congresso, promovido pela Sobratema junto com a Construction Expo 2013 e será discutido novamente num outro evento agora no dia 5 de agosto, em São Paulo. Com a participação do presidente da Sobratema, Afonso Mamede, a ABAG - Associação Brasileira do Agronegócio promove um seminário que debaterá, especificamente, o impacto da falta de estrutura de transporte e armazenamento no agronegócio brasileiro.