Publicado em 29 de agosto de 2013 por Mecânica de Comunicação
Perdas com pneus geram elevado custo à manutenção de frotas
Além de reconstruídos para obtenção do menor custo por quilômetro rodado, os pneus sofrem danos em suas diversas regiões – banda de rodagem, lateral e ombros e, sem o conhecimento técnico de produtos e tecnologia de reparação, inevitavelmente, o componente será levado ao sucateamento prematuro, gerando perdas monetárias expressivas aos frotistas.
Existem também outros fatores importantes que reduzem de forma rápida a estrutura do pneu, ocasionando desgastes e fadigas prematuras, que podem comprometer sua recapabilidade e, por conseqüência, levar ao sucateamento.
Um estudo focado exclusivamente em pneus sucateados apurou os motivos da inutilização desse componente, após a realização de análises técnicas detalhadas em sua estrutura. As variáveis mais importantes consideradas foram:
1- Sucateamento por falhas de fabricação
2- Sucateamento por reconstrução do pneu
3- Sucateamento por falhas ocorridas operacionalmente e na manutenção do veículo.
4- Sucateamento por falhas de consertos de danos vazados ocasionados por corpos estranhos, que denominamos “pequenos danos”.
5- Sucateamento por falhas de consertos de danos vazados ocasionados por corpos estranhos onde temos que aplicar reparos comumente chamados de manchões.
6- Sucateamento por falhas de análise técnica ou o produto (reparo) não atender a tecnologia atual dos pneus radiais, principalmente os de baixo perfil.
A conclusão do estudo é que os maiores problemas de sucateamento de pneus estão no processo de consertos, reparos e análise técnica.
Assim, os consertos e reparos deverão ser permanentes, ou seja, acompanhar a vida útil da carcaça.
Portanto, o conhecimento aprofundado de estrutura do pneu, o processo de reconstrução completa e o processo de reparos e consertos e normas aplicadas de ensaios e testes são primordiais numa “Gestão de Pneus na Frota”.
É possível perceber, portanto, que, em média, de 12 % a 14 % dos pneus sucateados poderiam estar em funcionamento, reduzindo de forma substancial as perdas.
Por isso, é importante que o frotista tenha como analisar onde estão ocorrendo as perdas significativas, pois as correções podem ser elaboradas sem grandes investimentos, já que não estão sendo reduzindo custos, mas sim eliminando perdas monetárias altamente significativas. Pensem nisto.
*Adilson João Catharino é instrutor do Instituto Opus no curso de Gestão de Pneus na Frota