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Publicado em 31 de outubro de 2013 por Mecânica de Comunicação

Planos ferroviários animam os produtores do Centro-Oeste

A expectativa de empresários e usuários da malha ferroviária brasileira é de que os planos e projetos anunciados pelo governo federal saiam, efetivamente, do papel e sejam concretizados para ampliar a participação do transporte ferroviário no sistema de transporte e logística do País, atualmente defasado e ineficiente. E todo tipo de expansão, por menor que seja, é bem vinda nesse campo, pois conforme recente levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil tem instalado apenas 3,5 quilômetros de ferrovias para cada 1.000 km² de área. No México e na China, esse número chega a 9 km e, nos Estados Unidos, a 22,9 km.
 
     Fotos: Revista Grandes Construções 
 
De acordo com um estudo feito pela CNI em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), apenas as obras previstas para a região Centro-Oeste deverá gerar uma economia anual de R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção agrícola. O estudo destaca, por exemplo, a necessidade de conclusão da Ferrovia Norte-Sul e da BR-163 e de modernização das hidrovias dos rios Paraguai e Madeira e atenção a rodovias da região que estão sendo utilizadas acima de sua capacidade. Segundo o estudo, a modernização das hidrovias poderá gerar economia anual de R$ 2,3 bilhões.
 
Nos planos do Ministério dos Transportes, conforme anunciou esta semana o próprio titular da pasta, César Borges, está a intenção de concluir, ainda este ano, a concessão de um trecho de ferrovia. Adiantou que o trecho seria um da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que liga Lucas do Rio Verde (MT) a Campinorte (GO) e que é fundamental para melhorar o escoamento da produção agrícola da região até os portos do país. A conclusão desse trecho significaria um importante alívio para a economia da região, uma vez que, de acordo com os dados apurados pela pesquisa da CNI, o setor produtivo do Centro-Oeste gasta R$ 60,9 bilhões por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da região.