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Publicado em 07 de novembro de 2013 por Mecânica de Comunicação

A escassez de engenheiros e o papel da capacitação

A recente pesquisa feita pelo Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada conferiu feições numéricas à suspeita sobre a falta crônica de engenheiros no Brasil. Segundo o estudo, até 2020 o país teria de dispor de 660 mil novos engenheiros, considerando um crescimento médio anual da ordem de 2,5%. Caso a economia cresça mais, a demanda pode alcançar a casa de 1 milhão de engenheiros. Embora o estudo acentue que o aumento da procura por engenheiros tenha tido respostas efetivas das escolas de engenharia – entre 2000 e 2012 o número de estudantes que ingressaram na carreira de engenharia subiu 351% e, em 2011, pela primeira vez, houve mais calouro de engenharia do que de direito – salienta, no entanto, haver áreas com falta de profissionais, sendo as mais críticas nos segmentos de mineração e construção. 
 
Fotos: Unisinos e Crea-RS 
 
Há um agravante nessa situação: em 2010, apenas 38% dos engenheiros formados passaram a atuar na profissão. Segundo o Ipea, para atender a demanda prevista para os próximos anos, esse percentual precisaria subir para, no mínimo, 45%. O quadro de relativa escassez de profissionais ligados à área de construção e mineração não se restringe ao cargo de engenheiro. Outros postos igualmente padecem da falta de mão obra especializada. Quem atua em áreas de formação e capacitação de mão de obra, como o Instituto Opus, que em 10 anos de atividade já formou aproximadamente 6 mil pessoas, conhece de perto essa realidade.
 
Experientes profissionais que atuam no campo da formação e capacitação de pessoas salientam ainda que, além de se ter a quantidade suficiente de profissionais, há também a necessidade de que o corpo funcional passe por treinamentos periódicos para reciclar conhecimentos e se manter sintonizado com a constante evolução do setor. Em função dessa realidade, ganha especial relevância investimento em cursos, requalificação, treinamento e também certificação de profissionais, principalmente nas áreas ligadas à construção e mineração, onde o nível de segurança e qualidade é crucial.