O bom desempenho do agronegócio brasileiro no ano passado, quando foi registrado um aumento de 11% na renda do produtor, além de permitir um superávit na balança comercial do país, ainda garantiu forte crescimento nas vendas de máquinas e implementos agrícolas. Segundo dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram vendidas, no ano passado, 83.078 máquinas agrícolas de grande porte, o que representou um crescimento de 18,4% em comparação com o ano anterior. Considerando apenas colheitadeiras, o aumento nas vendas de 2013 chegou a 36%.

 

Além da natural pujança da agricultura e da pecuária brasileira, que vem exibindo dinamismo econômico há pelo menos uma década, contribuiu também para o incremento nas vendas de máquinas agrícolas uma conjuntura de preços elevados dos principais produtos agrícolas, uma safra volumosa e política de juros atrativos, sobretudo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que foi responsável por cerca de 60% das vendas de máquinas e equipamentos de uso no campo.

E o cenário no segmento de máquinas voltadas para o agronegócio tende a continuar promissor para 2014, uma vez que as diversas projeções feitas na área do agronegócio seguem sinalizando mais expansão. O ano poderá contar ainda com um estímulo adicional, pois tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei, elaborado no Senado, que prevê isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de máquinas e implementos agrícolas pelos agricultores familiares. Se aprovada, a isenção tende a incrementar a compra, sobretudo de equipamentos e máquinas de pequeno porte, segmento que também apresentou forte crescimento em 2013. Segundo dados da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, o segmento teve expansão de 15% no ano passado, com faturamento da ordem de R$ 12,4 bilhões. Por tudo isso, o cenário deste ano é bom para os fabricantes de máquinas e equipamentos destinados ao agronegócio.