Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

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Publicado em 24 de janeiro de 2014 por Mecânica de Comunicação

Avançado conceito de pós-venda pode aprimorar a confiabilidade do equipamento para construção e mineração

Permitir que os fabricantes de máquinas pesadas utilizadas em grandes obras nas áreas de construção, infraestrutura e mineração monitorem, em tempo real, as condições das peças, componentes e até mesmo sistemas complexos durante a operação do equipamento. Além disso, ser capaz de realizar um diagnóstico de pontos críticos e antecipar problemas mais sérios, facilitando um planejamento da manutenção e podendo até evitar uma eventual paralisação da máquina. Essas são possibilidades que fazem parte do IVHM – Integrated Vehicle Health Management (Gerenciamento Integrado da Saúde do Equipamento), um conceito desenvolvido nos anos 70 pelo programa espacial dos EUA, e debatido há cerca de 10 anos pela indústria aeronáutica e que propicia ampliar o ciclo de vida da máquina com saúde e, principalmente, possui um potencial de aprimoramento da confiabilidade do equipamento com base em dados de desempenho real.
 
    Fotos: Revista M&T 
 
 
O IVHM é um conceito inovador de excelência no suporte do produto, que consiste na instalação de diversos sensores em partes estratégicas da máquina, de forma a conseguir coletar dados durante sua operação. Com isso, ocorrências importantes como ruídos, temperaturas, vazamentos, alteração de pressão e até excessos e equívocos cometidos pelo operador são armazenados ou enviados, via satélite, para uma central de acompanhamento. A partir daí, os dados e o estado geral do equipamento são analisados, e é possível realizar diagnósticos e prognósticos mais precisos, levando a uma decisão mais racional da situação e um consequente melhor planejamento da operação e da manutenção preditiva da máquina. 
 
O sistema, que já começa a entrar no rol de atenção de alguns grandes fabricantes, também possibilita, a partir da análise dos dados coletados pelos sensores, antecipar possíveis falhas. Dessa forma, é factível, por exemplo, fazer projeções sobre possível falha crítica para 100 horas ou até 1000 horas de uso do equipamento. Ele também possibilita promover ajustes remotos em caso de ocorrências críticas que colocaria em risco o equipamento ou os operadores. Isso seria possível, por exemplo, com a redução da potência do equipamento para impedir um ponto crítico.

Esse conceito foi detalhado por Yoshio Kawakami, da Raiz Consultoria, durante evento da M&T Peças e Serviços 2014 – 2ª Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração. Na ocasião, Elson Rangel, da Construtora Norberto Odebrecht, abordou o tema gestão de equipamentos para construção e mineração e trouxe exemplos das tecnologias utilizadas pela empresa nessa área.