Começa a se registrar no interior do país uma intensa movimentação, sobretudo em cidades médias, na área de infraestrutura, com a realização de pequenas obras que está aquecendo o mercado para pequenas construtoras e também a área de máquinas e equipamentos para construção. Apesar da restrição de novas licitações públicas, em razão do impedimento da legislação eleitoral, isso não impede a continuidade de obras já iniciadas e licitadas ou aquelas envolvendo pequenos serviços de conservação, que independem da burocracia. 

 

 

E os exemplos estão espalhados por todos os estados. São obras como a construção de um viaduto em Uberaba, o reinicio do asfaltamento de uma estrada vicinal no interior de Santa Catarina ou a conclusão de uma ponte na zona rural de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Todo esse conjunto de pequenas obras acaba aquecendo o mercado, enquanto as concessões para a execução das grandes obras, sobretudo aquelas ligadas ao sistema viário, aguardam tramitação burocrática para saírem do papel para prática, previsão de que deve se confirmar ao longo de 2015. 

 

De certa forma, esse movimento detectado no segmento de obras públicas segue uma tendência já constatada anteriormente na economia e nos negócios e obras da área privada. Um exemplo é o caso da economia do Nordeste, que tem crescido bem mais que a do país: em 2012, enquanto o PIB brasileiro crescia somente 0,9%, a região nordeste avançava 3%. Outro dado que reforça a força de regiões fora dos grandes centros urbanos tradicionais, como Rio e São Paulo, é uma descentralização da estratégia da indústria de shopping center, de buscar cidades médias do interior. Até o fim de 2014, está prevista a inauguração de 79 novos centros de compras desse tipo, dos quais a metade em cidades do interior. Toda essa movimentação também acaba por estimular a área de construção.