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Publicado em 23 de outubro de 2014 por Mecânica de Comunicação

Melhoria da infraestrutura demanda maior participação do setor privado

A ampliação da infraestrutura de logística e transporte no Brasil necessita ganhar uma velocidade maior, incluindo uma participação mais expressiva do setor privado e também de investidores internacionais. A necessidade, já apontada e defendida por diversos empresários e lideranças da área da construção de obras de infraestrutura, ganha agora a adesão de técnicos e economistas do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Todos reconhecem o grande desafio atual do Brasil, que é ampliar a infraestrutura do país e, para tanto, pleiteiam a entrada de novos agentes para financiar as obras.
 
Fotos: Grandes Construções
 

A constatação principal dos técnicos é a de que o governo precisa criar mecanismos que estimulem a atração de capital externo. Para ser bem sucedido nessa empreitada, é necessário ter e manter regras claras, além de desenvolver instrumentos que sejam atrativos financeiramente para os aplicadores internacionais. Do contrário, eles darão outros destinos ao seu capital.

A estratégia mais acertada seria a combinação de recursos públicos e privados internos com o aporte externo. Bom seria aproveitar o momento atual, pois, apesar de certa desaceleração da economia interna, não se constata ainda redução no nível de demanda por recursos destinados a obras de infraestrutura, pelo menos é o que constata os dados do próprio BNDES. No ano passado, o banco fechou com aproximadamente R$ 28 bilhões em financiamento destinado a essa área e as perspectivas para 2017 apontam para um patamar de R$ 40 bilhões em recursos emprestados.

Para reforçar o caixa, o BNDES acaba de anunciar para 2015 a criação de um fundo de debêntures voltado especificamente para investimentos em infraestrutura, que deve envolver recursos entre R$ 800m milhões a R$ 1 bilhão, e pretende atrair também investidores individuais, já que a Lei 12.341 instituiu que este tipo de investidor é isento do pagamento de IR ao investir nos títulos.