Publicado em 26 de fevereiro de 2015 por Mecânica de Comunicação
Ainda restam algumas ilhas de otimismo em termos de investimentos
Apesar das perspectivas de vários analistas indicarem desaquecimento econômico no curto prazo, ainda existem perspectivas interessantes no que diz respeito a investimentos. Um exemplo é o recente anúncio feito pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, cuja estimativa de investimento no período 2015 a 2018 totaliza a marca de R$ 1,38 trilhão, considerando apenas os recursos destinados à indústria e ao segmento de obras de infraestrutura.
Fotos: Grandes Construções
Caso se confirme as estimativas, a cadeia produtiva envolvida com esses dois segmentos, constituída por empresas que recebem encomendas dessas duas áreas devem ter um fluxo de negócios superior a R$ 900 bilhões em encomendas ao longo dos próximos quatro anos. Esse efeito sobre a cadeia produtiva será 13,7% maior do que no período de 2010 a 2013 – o ano de 2014 não foi incluído no estudo.
No caso dos investimentos em infraestrutura, o fato de a economia estar momentaneamente desacelerada não representa um empecilho, pois os recursos destinados a obras de infraestrutura são, em geral, de longa maturação e deverão se manter estáveis em razão da necessidade do país modernizar suas áreas de transporte, energia e comunicação. Auxilia também nesse processo a constatação, feita por parte do governo, de que os investimentos deverão passar por concessões e envolver parcerias com a iniciativa privada.
A projeção feita pelos técnicos do banco é de que a área de construção deverá ser o segmento que receberá o maior volume de recursos: um total de R$ 279,2 bilhões, valor 8,6% superior ao total investido no período 2010 a 2013. Outra área que revela otimismo no curto prazo é a da indústria ferroviária. Animado por um crescimento de 24% registrado no faturamento de 2014 em comparação a 2013, o setor ferroviário se mostra esperançosa para 2015. As projeções apontam para a produção de 4 mil vagões de carga, total bem superior à média da última década, quando foram produzidas cerca de 3 mil unidades anuais.