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Publicado em 05 de março de 2015 por Mecânica de Comunicação

Cuidados na manutenção das transmissões automáticas em equipamentos pesados

Dentro de alguns anos, a totalidade dos caminhões e equipamentos de uso fora de estrada deverão sair de fábrica equipados com transmissões automáticas ou automatizadas. As vantagens do uso desse tipo de solução para os usuários são inúmeras. Começa que, segundo cálculos de especialistas, essa tecnologia propicia uma redução de custo de combustíveis que varia de 3% a 6%, além de uma diminuição de custo operacional total de até 2,5%.
 
Fotos: Revista M&T 
 

Outro benefício operacional de se ter equipamentos dotados dessa tecnologia é que ela permite uma troca de marcha que poder ser até 70% mais rápida do que a convencional, fator que contribui para ampliar a vida útil dos sistemas de embreagem. Mas para alcançar esses resultados é necessário tomar alguns cuidados operacionais e também na manutenção do equipamento. A primeira recomendação é qualificar melhor o operador para tirar o máximo de rendimento do equipamento. Isso é fundamental, pois é necessário fazer um checklist diário do sistema, de forma a identificar pressão no sistema, aquecimento no conjunto do motor e vazamentos de óleos, que são indicadores de possíveis avarias futuras.

No caso de pás-carregadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, caminhões articulados e manipuladores telescópicos, a principal recomendação é trocar o óleo e o filtro nos prazos recomendados pelo fabricante no manual. Em caso de não haver a determinação, fazer a troca após 100 horas trabalhadas. As demais inspeções, incluindo a troca de fluído e filtro, devem ocorrer a cada mil horas de operação. Tais inspeções constituem as principais manutenções preventivas do conjunto de transmissão. Se forem bem realizadas, o componente pode durar até 8 mil horas, sem necessidade de manutenção corretiva geralmente requerida pelo desgaste de discos dos pacotes de cada marcha e das esferas e roletes presentes no sistema.

Essa avaliação pode ser feita no próprio equipamento. Geralmente, a calibragem da transmissão resolve boa parte das incongruências. Mas na maioria dos equipamentos com transmissão automatizada a calibragem só pode ser feita quando o óleo da transmissão alcançar uma temperatura de, no mínimo, 90C°. Em caso de problemas mais graves, o recomendável é a remoção de todo o sistema de transmissão. Orientações técnicas sobre manutenção como essa podem ser encontradas, mensalmente, na Revista M&T.