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Publicado em 12 de março de 2015 por Mecânica de Comunicação

Estudo indica necessidade de investimento de R$ 4,5 trilhões em obras de infraestrutura até 2022

Os investimentos em infraestrutura e em obras voltadas para o desenvolvimento urbano deverão alcançar a marca dos R$ 4,5 trilhões até 2022. A constatação foi feita pelo 11º Construbusiness, um completo levantamento sobre a realidade presente e futura da cadeia produtiva da construção e que é feito a cada dois anos pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Considerando as duas áreas, o investimento médio anual deve ser de aproximadamente R$ 560 bilhões, equivalente a 9,8% do Produto Interno Bruto (PIB). 
 
       Fotos: Câmara Municipal de BH e EBC 
 
 
O estudo aponta que o País necessitará de 11,5 milhões de novas moradias nos próximos sete anos, o que representará a necessidade de se construir 1,4 milhões de habitações por ano. Para eliminar a precariedade habitacional, o Brasil necessitará, também segundo o levantamento, de outras 1,5 milhão de residências, além das 849 mil necessárias para reduzir o sistema de coabitação. O estudo indica que a construção dessas novas moradias deve consumir aproximadamente R$ 201,6 bilhões por ano até 2022, ante menos de R$ 100 bilhões por ano investidos até 2010. 
 
Em relação à área de saneamento básico, a estimativa, estabelecida no Plano Nacional do Saneamento Básico, é de que sejam investidos R$ 118,7 bilhões até 2022, o equivalente a aproximadamente R$ 14,8 bilhões ao ano. Além dos investimentos em ampliação dos acessos à água tratada e à coleta e tratamento de esgotos, estima-se a necessidade de aporte de R$ 3,2 bilhões ano em redes de macrodrenagem e na coleta e tratamento de resíduos sólidos, o que resulta num volume global de R$ 25,6 bilhões entre 2015 e 2022. 
 
No caso das obras destinadas a mobilidade urbana, elas devem envolver recursos na casa de R$ 12 bilhões por ano para o desenvolvimento de obras viárias, construção de sistemas de BRT e VLT, obras em corredores de ônibus, obras em metrô e trens metropolitanos e na implantação de sistemas integrados de monitoramento. De acordo com o estudo da Fiesp, esse montante é três vezes o investimento médio anual dos últimos quatro anos, o que vai requerer esforço adicional dos governos, principalmente em esfera federal. 
 
Por fim, na área de transporte e logística, a previsão é de um investimento total da ordem de R$ 423,8 bilhões, considerando a inclusão de 1.167 projetos, dos quais 99% devem ser realizados até 2023.