Publicado em 23 de abril de 2015 por Mecânica de Comunicação
O potencial das novas tecnologias do concreto aplicada à área de saneamento
O concreto vem se mostrando ser uma das soluções mais adequadas para a construção das estruturas para estações de coleta e tratamento de esgoto. E as tecnologias disponíveis para proteção e impermeabilização necessárias nesses casos têm dado mostras de grande evolução. Segundo especialistas no assunto, atualmente há proteção e impermeabilização com revestimentos minerais ou orgânicos, que permitem que o concreto “respire” e, portanto, permitem a propagação de vapores, uma característica importante para a durabilidade do revestimento e o adequado tratamento do esgoto.
Nos últimos anos, a inovação nessa área incorporou até recursos oriundos da nanotecnologia. Os dois maiores benefícios dessa mudança tecnológica foram o aumento da durabilidade e a facilidade de manutenção. As duas características combinadas permitiram o aumento da vida útil do projeto para um período de 20 a 30 anos. E as tecnologias não estão restritas às novas construções de estações de tratamento. Elas podem ser aplicadas às obras de recuperação. Nesse caso, existem cuidados especiais no uso dos revestimentos porque a deterioração da superfície requer duas ações específicas. A primeira delas é uma etapa adicional de descontaminação. A segunda é o preparo de substrato mais rigoroso.
E demanda para esse tipo de estrutura é que não falta no Brasil. Segundo os dados recentes do Instituto Trata Brasil, entidade civil de interesse público que pesquisa e analisa a realidade e as demandas da área de saneamento no país, apenas 37,5% do esgoto gerado no Brasil recebe algum tipo de tratamento. Isso confirma que há espaço para a realização de muitas obras e a incorporação de novas tecnologias na construção e também de proteção ou revitalização de estações de tratamento de esgoto (ETE) ou de água (ETAs), ou ainda de efluentes na área industrial.
Diversas empresas já realizaram a recuperação de algumas ETEs e ETAs utilizando modernas técnicas. Nesses casos, as estruturas das estações receberam também aditivos para aumentar o desempenho e a trabalhabilidade do concreto, portanto, antes mesmo da fase de revestimento. Foram utilizados agentes de cura química e retardadores de superfície, de forma conjunta, melhorando a produtividade e aumentando a durabilidade das estruturas. Relatos com essas e outras obras realizadas usando avançadas tecnologias envolvendo o concreto, estão mensalmente na revista Grandes Construções.