Seja em túneis ou em obras rodoviárias, os canteiros no Brasil têm recebido equipamentos de construção dotados de maiores recursos tecnológicos, que auxiliam no aumento da produtividade das construções. Um exemplo dessa tendência são robôs voltados para o lançamento de concreto nas paredes de túneis ou em taludes e muros de contenção em rodovias, que aceleram o processo de revestimento primário, sejam em solo ou rocha. Há exemplos de equipamentos desse tipo que conseguem projetar até 20 m³ de concreto por hora em obras de túneis, o equivalente a três caminhões ou o dobro da capacidade do método tradicional.

 

 

Além de dar maior produtividade ao processo construtivo, o equipamento trabalha ligado diretamente à rede de energia elétrica, o que reduz os custos com combustível necessário caso fosse utilizado um caminhão. A lista de vantagens do sistema de projeção de concreto com robôs inclui também maior segurança para os operários, uma vez que o dispositivo evita que os trabalhadores fiquem muito próximo do local de aplicação, o que diminui os riscos de acidentes em decorrência, principalmente, do desprendimento de materiais durante a operação.

Para vários especialistas do setor, o mercado brasileiro de construção ainda reserva bons espaços para o crescimento da robotização da projeção de concreto. A construção de hidrelétricas é o tipo de obra própria para o uso desse tipo de equipamento, mas ele se aplica também em ferrovias, rodovias, túneis e obras metroviárias.

O revestimento a base de concreto é utilizado em túneis com escavação pelo método New Austrian Tunnelling Method (NATM), no qual a proteção é estipulada para conter o afrouxamento e a deformação do maciço a cada avanço da perfuração. Dentre as vantagens do NATM destacam-se a adaptabilidade da seção de escavação, que pode ser modificada em qualquer ponto. De acordo com técnicos e executivos de fabricantes de equipamentos utilizados na projeção de concreto, esse tipo de processo possibilita ainda velocidade e vazão controlada, de modo que o material promova a compactação do concreto. Em alguns casos, não há nem a necessidade de empregar vibradores no concreto. Informações como essas sobre novas tecnologias do concreto são encontradas mensalmente na revista Grandes Construções.