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Publicado em 13 de agosto de 2015 por Mecânica de Comunicação

As potencialidades das hidrovias para escoar a safra brasileira de grãos

Como um dos setores mais dependentes de uma eficiente rede logísticas para escoamento de sua produção, o agronegócio elabora constantes estudos para avaliar a evolução da situação nos diferentes modais que compõem a estrutura de distribuição da safra. No mais recente deles, elaborado por encomenda da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, foi constatada a baixa disponibilidade de alternativas de transporte hidroviário. O levantamento mostrou que, embora o país possua 50 mil quilômetros de hidrovias, são utilizados apenas 14 mil quilômetros e, assim mesmo com operações durante alguns meses do ano.
 
Fotos: Grandes Construções 
 
 
Por ser uma das modalidades que mais contribui para a redução dos custos logísticos, o transporte hidroviário está, segundo o estudo, necessitado de maior atenção e de aporte de recursos. Atualmente os investimentos considerados prioritários pelo agronegócio são os projetos Teles Pires – Tapajós, Arinos Juruena – Tapajós, a Hidrovia Paraguai – Paraná e a Hidrovia Araguaia – Tocantins.

Em relação a essa última, a Hidrovia Tocantins, considerada prioritária pelo agronegócio, ela já está operando no trecho entre Marabá-PA e o porto de Vila do Conde-PA, basicamente com o transporte de ferro-gusa e minério de ferro, mas poderá ser importante alternativa de escoamento da produção de grãos do Nordeste Matogrossense a partir de Marabá, via BR-158. Os principais investimentos necessários para o eixo funcionar plenamente são a derrocagem do Pedral de Lourenço, investimento avaliado em R$ 440 milhões, a dragagem entre Marabá-PA e Imperatriz-MA, que demanda recursos de R$ 49 milhões, e a construção das eclusas de Lajeado e Estreito, um investimento de R$ 1,5 milhão.

Uma das conclusões do trabalho é a necessidade de se estruturar um órgão específico que se comprometa com a viabilidade das hidrovias brasileiras, efetivando planos de dragagem, projetos e execução de eclusas, balizamento e sinalização. Outra reivindicação é para que se tenha um plano concreto e efetivo de investimento em navegabilidade e manutenção das vias, além de uma determinação para que se conciliar obras de hidrelétricas com construção de eclusas que permitam a navegabilidade das vias.