Entre engenheiros e demais profissionais envolvidos com a área de construção, começa a se desenhar um consenso sobre a necessidade de uma maior interação entre os projetistas das obras e também dos projetistas de estruturas com as equipes de engenheiros responsáveis pela execução do projeto. Todos são unânimes em afirmar que o projetista precisa conhecer, em detalhes, o processo de execução das estruturas, da mesma forma que o engenheiro responsável pela obra tem de se inteirar do conceito da estrutura. Com isso, sustentam os especialistas, falhas são minimizadas ou até evitadas nos canteiros de obras.

 

 

Os principais erros que ocorrem em decorrência da falta de interação entre projetistas e engenheiro são relativos as armações invertidas ou mal posicionadas, elementos estruturais sem continuidade ou em desalinho, além de dúvidas simples sobre conexões. Na maioria das vezes, essas falhas podem ser evitadas com uma simples reunião de rotina entre todos os envolvidos. O ideal é que o encontro ocorra no próprio canteiro de obras, para que o projetista faça inclusive uma inspeção no estágio em que a construção está. São inúmeros os casos concretos de falhas que são detectadas nessas inspeções rotineiras. Não é tão incomum que as especificações detalhadas no projeto não fiquem claras para quem vai executar o procedimento no canteiro.

 

Outra atitude que evita equívoco é o gestor da obra criar o hábito de dar retorno sobre o andamento da construção para o projetista, inclusive para ele tomar ciência do que deu certo e do que não foi possível executar do projeto original.

A falta de interação pode resultar em falhas comuns, que provocam fissuras ou rachaduras, mas também podem resultar em prejuízo ainda maior, com a necessidade de retrabalho, acidentes ou até defeitos estruturais graves, que chegam até a inviabilizar uma obra ou parte dela.