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Publicado em 21 de julho de 2016 por Mecânica de Comunicação

Pesquisa aponta o cenário e as projeções do mercado mineiro de locação de equipamentos

Mesmo em uma conjuntura econômica desafiadora como constatada neste ano, o mercado de locação de equipamentos para construção e mineração no estado de Minas Gerais obteve um resultado expressivo no ano passado. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Ibmec com 301 locadoras mineiras, o faturamento do segmento foi de R$ 3,2 bilhões, o que representou um crescimento de 18,5% na comparação com o ano anterior, cuja receita chegou a R$ 2,7 bilhões. 
 
     Foto: Plox 
 
 
Apesar do bom resultado, lideranças mineiras do setor não estão otimistas. O mesmo levantamento apontou que 84% dos entrevistados afirmaram que as empresas enfrentam estagnação ou reduziram seus faturamentos neste ano, enquanto 79% afirmam que não farão investimentos na ampliação ou renovação de suas frotas de máquinas em 2016.
 
Em relação à idade da frota, a pesquisa revela que 44% das máquinas têm entre três e seis anos, com clara tendência de envelhecimento, pois não há projeções de renovação no horizonte, em razão da atual conjuntura. Em termos de vendas, a perspectiva é preocupante, pois a baixa demanda foi mencionada por 57% dos entrevistados como principal obstáculo do setor na atualidade. A ociosidade da frota também é fator negativo, pois 54% das empresas afirmam ter acima de 30% de suas máquinas paradas, enquanto nada menos que um terço das pesquisadas disseram que a ociosidade atinge metade da frota.
 
Outro dado revelado pela pesquisa mostra que 42% das 1.390 empresas mineiras de locação de equipamentos possuem até cinco funcionários. No levantamento anterior, esse percentual estava em 37%; enquanto as companhias com mais de 100 funcionários reduziram de 9% para 6% na nova amostragem. Isso significa que as empresas mineiras do segmento de locação de equipamentos são de pequeno porte e estão crescendo em número, mas não podem ser consideradas formadas por aventureiros, já que 43% delas têm mais de 15 anos de atuação no setor.
 
Em relação aos resultados financeiros deste ano, o levantamento mostrou que 32% das empresas pesquisadas acusam uma inadimplência de 5% de suas vendas; 14% estimam entre 6% e 10% seu nível de inadimplência, enquanto um total de 32% registram índices que vão de 11% a 50% de atrasos no seu movimento financeiro. O estudo foi encomendado pelo Sindileq-MG.