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Publicado em 24 de agosto de 2016 por Mecânica de Comunicação

Como dimensionar a mão de obra de manutenção

Por Norwil Veloso*
 
A base de cálculo será o total de equipamentos permanentemente parados (1–E), definida em função da eficiência mecânica adotada.

Para obter o total de horas efetivas de reparo, será necessário definir um fator de espera (f), referente a providências administrativas, espera de peças ou mão de obra e outros tempos improdutivos.

Assim, as horas à disposição e em reparo efetivo serão definidas pelas expressões:

t = Tp,    tm = (1-E)t    e   tr = ftm
 
onde:
T = total de horas possíveis de trabalho
 t = total de horas de trabalho 
tm =horas a disposição da manutenção
tr = horas efetivas de reparo
p = produtividade considerada
E = eficiência mecânica considerada
f = fator de espera

O total de mecânicos (M) necessário para atender cada máquina será, portanto: M = tr/t.

Para deixar mais claro, consideremos a seguinte situação: 
 
serviço em um turno de 8 horas, 6 dias por semana;
eficiência mecânica de 70%;
produtividade de 80%.
 
Horas possíveis de trabalho por equipamento considerando a produtividade de 80%:
4,5 semanas/mês x 6 dias/semana x 8 h/dia x 0,8= 173 h/eq/mês

Horas à disposição da manutenção (eficiência de 70%): (1 – 0,7) x 173 = 52 h/eq/mês

Horas efetivas de reparo (20% de espera na manutenção): 52 x 0,8 = 42 h/eq/mês

Portanto cada mecânico terá condições de atender: 173/42 = 4 equipamentos

Para propiciar maior precisão ao cálculo, pode-se também aplicar, além do fator de produtividade, percentuais de redução referentes a férias (1/12), licenças, absenteísmo, treinamento e outros tempos improdutivos.

Para as demais funções, pode ser usada a seguinte equivalência:
 
Ajudante de mecânico: 1 para cada 2 mecânicos
Eletricista automotivo: 1 para cada 5 mecânicos
Ajudante de eletricista: 1 para cada 3 eletricistas
Soldador: 1 para cada 6 mecânicos
Fiel de ferramentaria: 1 para cada 20 funcionários
Controlador de manutenção: 1 para cada 50 equipamentos
Faxineiro: 1 para cada 40 equipamentos 
 
*Norwil Veloso é engenheiro mecânico com MBA em administração e longa vivência na gestão e manutenção de equipamentos para construção. Esse texto foi publicado originalmente no Guia Sobratema de Equipamentos 2014-2016