Publicado em 10 de novembro de 2016 por Mecânica de Comunicação
Venda de máquinas deve recuar neste ano, mas projeta recuperação para 2017
O desaquecimento que afeta a economia brasileira de forma geral, também causou impacto negativo no setor de equipamentos para construção. Para este ano, dados do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção projetam uma queda de 45,1% nas vendas em relação a 2015, com a comercialização de 14,4 mil unidades contra 26,2 mil no ano anterior. A redução nos investimentos públicos em obras de infraestrutura foi o principal motivo do encolhimento no mercado.
Foto: Revista M&T
No caso da linha amarela – equipamentos de movimentação de terra –, o levantamento projeta um declínio de 36,5% nas vendas deste ano na comparação com as do ano passado. A queda mais expressiva deverá ocorrer nas vendas de rolos compactadores, com redução de 68,7%, enquanto os equipamentos com quedas menos acentuadas deverão ser: escavadeiras hidráulicas (-21,4%) e tratores de esteira (-24,2%).
Apesar de ainda pairar alguma incerteza em relação à intensidade da esperada retomada da economia brasileira, há um consenso entre diversos analistas e economistas de que o próximo ano deverá ser marcado por uma melhoria geral nos indicadores dos principais segmentos. No caso de equipamentos para construção, a projeção para 2017 é de um aumento de 7,8% nas vendas, com a linha amarela crescendo na casa de 6,6% e os caminhões rodoviários utilizados na construção com projeção de ampliação de 10% nas vendas.
A justificativa para tais projeções de crescimento nas vendas de equipamentos para a área de construção está na percepção geral do mercado de que as demandas por obras de infraestrutura continuam crescentes no país, exigindo dos governantes, do setor privado e da sociedade em geral ações que resultem em algum investimento. O entendimento dos diversos agentes que atuam na área é de que, por menor que seja a destinação de recursos para novos projetos de infraestrutura ou na retomada de obras interrompidas, acabará promovendo um reaquecimento na atividade da construção civil de maneira geral, com consequente reanimação das vendas de máquinas.