Publicado em 04 de maio de 2017 por Mecânica de Comunicação
As obras de aprofundamento do leito do rio Tietê, incluindo a ampliação e derrocamento do Canal de Navegação da Eclusa de Nova Avanhandava, que estão em andamento e com previsão de término para meados de 2019, devem aprimorar ainda mais as operações do sistema logístico do transporte de cargas no estado.
Foto: Departamento Hidroviário do Governo do Estado de São Paulo
Com isso, a previsão de técnicos e autoridades é de que a hidrovia consiga ampliar ainda mais sua participação no escoamento de produtos, sobretudo o de commodities agrícolas. No ano passado, isso já aconteceu, pois o volume transportado, que não ultrapassou a casa de 2 milhões de toneladas, em 2015, subiu para 7,2 milhões de toneladas. A expectativa é de que o volume anual transportado suba, rapidamente, para os 10 milhões de toneladas.
O investimento nas obras é de R$ 203 milhões, será feito em parceria entre o governo paulista e a União, permitindo que a hidrovia funcione durante os 12 meses do ano, independente da intensidade de chuva. Com a escavação do leito do Tietê, o canal de navegação ganhará mais 2,5 metros de profundidade. A obra irá possibilitar a compatibilização do uso do reservatório tanto para a navegação, como para a geração de energia por meio da Usina de Três Irmãos.
Além dos benefícios logísticos e para geração de energia, as melhorias deverão gerar na região cerca de 1.400 empregos, sendo 350 diretos e 1.050 indiretos. A maior navegabilidade do rio será benéfica para o transporte de cargas, auxiliando os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. Após a conclusão do aprofundamento do leito, a carga proveniente dessas regiões chega até Pederneiras, no interior paulista, e de lá segue, de trem, para o Porto de Santos, sem a necessidade de caminhões.
Em termos de custo de construção, as vantagens da hidrovia sobre os demais modais são bastante expressiva. Um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC) aponta que, enquanto a construção de um quilômetro de hidrovia custa, em média, US$ 34 mil, o mesmo quilômetro de rodovia não sai por menos que US$ 440 mil, chegando a US$ 1,4 milhão no caso de ferrovia.
Um debate sobre infraestrutura será promovido durante o Sobratema Summit, a ser realizado entre os dias 7 e 9 de junho, durante a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos.
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