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Publicado em 15 de março de 2018 por Mecânica de Comunicação

BIM 4D pode contribuir na gestão de obras de retrofit

A prática de retrofit é empregada com frequência em países da Europa, onde várias legislações prezam pela conservação do acervo arquitetônico. No Brasil, porém, a prática de renovação de edifícios residenciais existentes ainda tem potencial a ser explorado. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), "Políticas permanentes de habitação", publicado em 2014, o país conta com cerca de 5 milhões de edifícios inutilizados.
 
           Imagem retirada da dissertação de mestrado 
   
A reforma de edifícios poderia ser usada para reduzir o déficit habitacional no Brasil, calculado entre 5,5 milhões e 6 milhões de moradias pela Fundação João Pinheiro (FJP). Mas, as obras de retrofit demandam altos custos e são mais complexas do ponto de vista da gestão. Com o intuito de estimular a prática de retrofit em habitações e amenizar as dificuldades características desse tipo de empreendimento, uma dissertação de mestrado propôs o emprego do BIM 4D nas fases de planejamento e execução de reformas de edifícios.       

Na versão 4D do BIM, os modelos de representação em 3D são combinados com históricos de atividades, proporcionando melhor visualização do progresso da reforma ou construção. A pesquisa identificou dificuldades típicas de obras de retrofit e constatou que poderiam ser mais bem administradas com a ajuda do BIM 4D. Tais dificuldades são: controle de custos, controle de poeira, influência dos inquilinos sobre o andamento das obras, preço das obras e pedidos de alteração no escopo dos trabalhos. Apesar de avaliar a versão 4D como a mais indicada em obras de retrofit, a pesquisa explica que todas as versões da ferramenta trazem benefícios, pois estimulam a colaboração entre envolvidos e a interoperabilidade.   

A dissertação de mestrado "Recomendações para o uso de BIM 4D na gestão de empreendimentos habitacionais de retrofit" é de autoria de Fernanda Justin Chaves, com orientação de Carlos Torres Formoso e Patrícia Tzortzopoulos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O texto completo está disponível para download neste link.