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Publicado em 23 de agosto de 2018 por Mecânica de Comunicação

Equipamentos têm consumo energético eficiente em obras de grande porte

Na atualidade, a preocupação com o aproveitamento consciente de recursos limitados, como os combustíveis fósseis, tem pautado diversas atividades econômicas, entre elas o setor da construção civil, conhecido pelo elevado consumo energético. Em obras de infraestrutura, a fonte de energia mais utilizada é o diesel - cerca de 90% do total de energia consumida -, responsável por mover escavadeiras, caminhões, tratores e outros equipamentos. Portanto, traçar planos de eficiência energética aplicados ao consumo do diesel e ao comportamento de máquinas deve fazer parte das atividades de gestores de obras e de frotas.
 
                  Foto: Grandes Construções 
 
 
Existem diferentes metodologias para a definição de parâmetros que avaliam a eficiência de combustíveis. O método conhecido como Balanço de Vida Útil, por exemplo, considera a destinação da energia aplicada, ou seja, o uso final do combustível utilizado. No caso de máquinas avaliadas por esse método, a análise tende a indicar alta produtividade, pois equipamentos como caminhões, escavadeiras, tratores, pás-carregadeiras, carretas de perfuração, entre outros, convertem a energia de combustível em força motriz. Já o método de Retorno Sobre o Investimento de Energia é recomendado para analisar projetos que irão gerar energia e onde é esperado um retorno energético superior ao que foi inicialmente investido; é esse o caso de hidrelétricas.  

Ao se avaliar a eficiência do consumo de combustíveis, é preciso conhecer o comportamento de cada tipo de máquina e o tamanho de frotas. Em obras de grande porte, o caminhão costuma ser o equipamento com o maior número de unidades e representa aproximadamente 37% de todo o consumo energético direto de uma obra desse tipo. Num quadro em que o consumo ideal de diesel corresponde a 100%, a frota de caminhões opera com alta eficiência, equivalente a 92%. Outros equipamentos com alta eficiência são os guindastes e compressores, atuando com 93% de eficiência. Motoniveladoras e perfuratrizes são menos eficientes, porém, estão sujeitas a muitas variáveis que influenciam no desempenho, tais como característica do terreno, método construtivo e operação realizada.  

Outros dados estão na dissertação de mestrado Avaliação do Consumo Energético em Obras de Construção Civil de Grande Porte, de Talita dos Santos Esturba, com orientação de Hirdan Katarina de Medeiros e apresentada no Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP).