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Publicado em 29 de outubro de 2018 por Mecânica de Comunicação

Execução de estacas hélice contínua é beneficiada por métodos de controle de qualidade

A engenharia de fundações vem avançando nos últimos anos em função das exigências de obras que necessitam transmitir ao solo carregamentos cada vez maiores. Tal exigência acompanha a propagação de edifícios multipavimentos e garagens abrigadas em espaços subterrâneos, por exemplo, e o uso, entre outros tipos do equipamento, da estaca hélice contínua, devido à capacidade de atingir camadas profundas e abaixo do nível d´água com desempenho geotécnico satisfatório. 

O gerenciamento do processo de execução de fundações por meio do emprego de estacas hélice contínua é facilitado pelo sistema de monitoramento eletrônico comumente aplicado nesse tipo de equipamento e usado para a obtenção de dados sobre diâmetro, profundidade e outras características definidas previamente no projeto. Além disso, o controle de qualidade da execução de fundações pode ser reforçado pela implantação de um programa de manutenção preventiva, o que diminui o tempo de paralização de serviços e desvios causados por manutenção ineficaz, aumentando a produtividade de máquinas. 

De uma forma mais abrangente, planejamento e análise das diferentes etapas da execução de fundações - perfuração, concretagem e instalação da armação - evitam problemas e tornam o processo mais produtivo. No trabalho de perfuração, é comum encontrar dificuldade de penetração em solos resistentes, o que torna necessário o alívio de perfuração para a quebra do atrito. A fase de concretagem é complexa, pois envolve o controle de qualidade do concreto; a utilização desse material com agregados fora das dimensões permitidas ou com excesso de agregado para a execução desse tipo de fundação favorece o entupimento da tubulação, principalmente na curva entre os mangotes de concretagem e a hélice do equipamento perfuratriz. O sistema de fornecimento de concreto também deve ser avaliado, pois o atraso de entrega, a demora entre um caminhão betoneira e outro, entre outros problemas, atrapalham a produtividade. 

A última fase tem seu ponto mais delicado na operação de descida da armação, dificultada pela falta de trabalhabilidade no concreto. Outra questão é o auxílio do equipamento perfuratriz ou de uma retroescavadeira na instalação da armação, o que deve ser realizado de forma programada, evitando atrasos na execução dos serviços. O assunto foi foco da dissertação de mestrado Elaboração e Aplicação de uma Metodologia de Controle de Qualidade para o Processo Executivo de Estacas Hélice Contínua Monitoradas, de autoria de Carlos Alberto Alexandre Tavares, orientação de Neusa Maria Mota e apresenta da Universidade de Brasília (UnB).