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Publicado em 26 de fevereiro de 2019 por Mecânica de Comunicação

Sistema de monitoração de perfuratriz contribui para diminuir riscos

Empresas de mineração de todo o mundo têm investido em automação de processos críticos, uso de ferramentas da internet e técnicas que permitem simular e acompanhar operações de máquinas via realidade virtual. Nesse sentido, o uso de GPS e sistemas de telemetria de frotas, por exemplo, já faz parte da realidade do trabalho com equipamentos de mineração e construção. Além de oferecer suporte e precisão de dados, as novas ferramentas também podem desempenhar um importante papel na prevenção de riscos e gerência de segurança. 

A perfuratriz, principalmente quando emprega estacas do tipo hélice contínua e hélice segmentada, utiliza sistemas de monitoração eletrônica que realizam investigações geotécnicas e oferecem previsões sobre a capacidade de carga do elemento isolado de fundação.  Para que atuem de maneira eficiente, os sistemas de monitoração devem ser formulados a partir de softwares de desenvolvimento de estruturas de controle. As perfuratrizes também devem ser avaliadas previamente e adaptadas se necessário, sendo conhecidos alguns casos de perfuratrizes manuais posteriormente modificadas para operar com determinado nível de automação.    

Um recente estudo acadêmico investigou a monitoração eletrônica em perfuratrizes utilizando uma ferramenta que também permitem avaliação de riscos. Por meio de entrevistas com operadores e gestores, o estudo de caso listou os riscos mais prováveis no trabalho com perfuratriz: colisão entre equipamentos, queda de bancada - ou seja, queda do equipamento entre diferentes níveis (cotas) da área de lavra - e tombamento da perfuratriz. No método proposto, também foram indicados os respectivos requisitos de segurança: medição da distância entre equipamentos próximos, restrição da zona de trabalho da perfuratriz e observância da inclinação limite. O resultado das pesquisas indicou que, embora os riscos inerentes à atividade de mineração continuem a existir, é possível mitigar boa parte deles ao integrar uma análise de riscos e requisitos de segurança ao sistema de monitoração eletrônica da perfuratriz.    

O estudo completo foi publicado na dissertação de mestrado Abordagem Sistêmica Aplicada à Perfuratriz Autônoma: uma análise com foco na segurança operacional e cibernética, de autoria de Luiz Rogério de Freitas Júnior, com orientação de Luis Guilherme Uzeda, Thiago Melo Euzébio, Francisco de Lemos e apresentada na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).