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Publicado em 26 de fevereiro de 2019 por Mecânica de Comunicação

Fabricantes de máquinas agrícolas são beneficiados por processos de desenvolvimento de produtos 

A expansão do setor de máquinas e implementos agrícolas aumentou a concorrência entre fabricantes, exigindo o desenvolvimento de máquinas mais complexas e com maior eficiência nos processos produtivos. Dessa maneira, empresas são incentivadas a estabelecer um maior formalismo no processo de desenvolvimento de produtos, com projetos e fabricação voltados ao lançamento de novas tecnologias.  

Desde o início deste século, é notável no Brasil o aumento de empresas ligadas ao setor produtivo de máquinas e implementos agrícolas. Isso é devido, principalmente, ao desempenho do setor de agronegócio nas últimas décadas. Foi assim em 2006, com o bom preço das commodities, e no ano passado, quando a safra bateu recorde. Nesse período também houve uma importante evolução das tecnologias, sendo cada vez mais priorizado o desenvolvimento de máquinas com maior precisão, oferecendo aos produtores rurais maior eficiência com menos custos, tanto na aquisição como no menor tempo de parada dos equipamentos para manutenção. Assim, é muito importante que as fabricantes de máquinas agrícolas acompanhem as tendências mundiais e iniciem sistemas de gerenciamento de projetos e produtos, diminuindo os tempos de produção e disponibilizando aos clientes tecnologias de equipamentos em favor da agricultura moderna.    

As metodologias para processos de desenvolvimento de produtos são diversas e variam de acordo com o país em que são empregadas. Por meio de análise comparativa entre modelos particulares são verificados diferentes níveis de formalismo das atividades de projeto, que interferem no nível de detalhamento do processo de desenvolvimento. A diferença, apesar de discreta, não impede que empresas fabriquem seus produtos, mas, de acordo com especialistas, influenciam diretamente na eficiência do processo e no desempenho competitivo. Um estudo experimental, por exemplo, elaborou um método para empresas fabricantes de máquinas agrícolas, de pequeno ou médio porte; o modelo é composto por sete fases, estratificadas em quarenta e nove atividades e mais de cento e trinta tarefas. Também foram feitos trinta modelos de documentos de projetos, auxiliares na formalização do processo.  

O estudo completo foi publicado na dissertação de mestrado Modelo de Referência para o Processo de Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas para Empresas de Pequeno e Médio Porte, de autoria de Renato Luis Bergamo, orientação de Leonardo Nabaes Romano e aprovada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).