Publicado em 02 de abril de 2020 por Mecânica de Comunicação
A eficiência energética visa alcançar o aprimoramento de tecnologias com o objetivo de melhorar o desempenho e/ou utilizar de modo mais consciente a energia elétrica. Ela abrange um conjunto de ações de racionalização que levam à redução do consumo de energia sem perda na quantidade ou qualidade dos bens e serviços produzidos, ou no conforto disponibilizado pelos sistemas energéticos utilizados.
No caso de ambientes de ensino, uma universidade sustentável engloba um ambiente saudável, que economiza energia e conserva recursos através de uma gestão ambiental eficiente, que exporta para a comunidade estes valores, transformando-a positivamente. Contudo, o desenvolvimento sustentável no ensino superior ainda não é visto de uma maneira holística e orgânica por seus gestores. Além disso, há dificuldades para colocar em prática ações sustentáveis devido a fatores como a burocratização e falta de recursos.
Por outro lado, existem casos interessantes no mundo, como o edifício Green Lighthouse da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que gera e armazena o excesso de energia a partir de células e painéis solares. Enquanto isso, a Faculdade Green Mountain, em Vermont, EUA gera energia pela queima de metano a partir de esterco de vaca.
Já a Universidade de Nottingham, na Inglaterra, adota diversas iniciativas sustentáveis. Entre as ações voltadas à eficiência energética estão, por exemplo, o uso de caldeiras de biomassa, painéis solares e aquecimento solar de água, isolamento térmico nos edifícios e nas construções são usadas medidas sustentáveis como: o aproveitamento de água da chuva, bombas de calor geotérmicas, sistemas de drenagem urbanas sustentáveis, diminuição do transporte durante a construção, uso de materiais reciclados, baixo consumo de energia, o reforço da biodiversidade e caldeiras de biomassa, entre outros.
No Brasil, há também inúmeros casos. Na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), por exemplo, existem diversas ações voltadas para a sustentabilidade ambiental. Suas iniciativas englobam programas para conscientização do uso da energia elétrica, implementação de comissões de racionamento e eficiência energética, memorandos com dicas e boas práticas de economia energética e adaptação de suas edificações aos conceitos de sustentabilidade.
Dessa maneira, de fato, a busca e a aplicação de medidas sustentáveis e que visam à eficiência energética estão sendo implementadas por universidades, estudiosos do assunto, bem como pelas políticas públicas brasileiras. Percebe-se também que medidas que estão sendo desenvolvidas por outras instituições de ensino superior podem ser replicadas em instituições que ainda não contam com ações sustentáveis. Um exemplo é que a adoção do sistema de iluminação utilizando as lâmpadas tubulares LED é mais eficiente e menos impactante ao meio ambiente que o sistema de tubular fluorescente de iluminação.
Finalmente, é importante salientar que os benefícios da sustentabilidade ambiental, com foco na eficiência energética, são muitos, como: conformidade com a legislação, economia financeira, mudança cultural, oportunidade de desenvolvimento de pesquisas e de práticas para os alunos, propagação de bons exemplos para a comunidade.
As considerações acima foram extraídas da dissertação de mestrado Sustentabilidade Ambiental: com foco na eficiência da energia elétrica na Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão, defendida por Isadora Maria Melo Crispim, no Programa de Pós-Graduação em Gestão Organizacional da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão, sob orientação do professor José Waldo Martínez Espinosa.
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