Publicado em 11 de junho de 2020 por Mecânica de Comunicação
A expressão construção sustentável surgiu a partir da preocupação com o custo da construção civil para o planeta. As edificações consomem metade da energia utilizada em países desenvolvidos, enquanto mais um quarto é consumido pelo transporte. As mudanças do processo construtivo podem contribuir com o meio ambiente, como por exemplo, o projeto de edificações que equilibrem os gastos para o planeta e de malhas urbanas que gerem um transporte flexível e otimizado.
De acordo com estudiosos e especialistas no setor, “qualquer sociedade que procure atingir um desenvolvimento mais sustentável precisa necessariamente passar pelo estabelecimento de políticas ambientais específicas para a construção civil”.
Nesse sentido, a avaliação torna-se fundamental. O método mais consagrado para avaliação da sustentabilidade na indústria da construção civil são os selos de certificação ambiental. Esses métodos funcionaram, no primeiro momento, como uma forma do mercado reconhecer esforços de empreendedores em melhorar seus produtos.
Contudo, essa busca pela sustentabilidade deve ser constante e aos poucos deixará de ser um diferencial competitivo no mercado para ser algo imprescindível em toda construção civil. Isso significa que a inserção dos princípios e conceitos da sustentabilidade devem permear toda a cadeia produtiva, sendo incorporado na cultura organizacional. O selo de certificação ambiental precisa ser visto como uma consequência, um resultado e não como objetivo principal.
Por outro lado, os empreendimentos veem na certificação ambiental duas vantagens: estimula o desenvolvimento de práticas sustentáveis, melhorando a gestão da obra, reduzindo o consumo e a perda e materiais, além de ser uma ferramenta de comunicação com o usuário, atestando o melhor desempenho ambiental.
Os selos de certificação ambiental têm a intenção de fazer com que o próprio mercado se impulsione para o melhoramento ambiental, seja com o comprometimento com a sustentabilidade ou apenas pelas questões mercadológicas como a competitividade, gerando a rotulagem ambiental. Em alguns países, a certificação de edifícios já deixou de ser meramente estratégia de mercado e passou a ser condição para a legalização do edifício.
O Brasil possui uma posição de destaque no que se refere à certificação de empreendimentos, entretanto o predomínio das certificações está em empreendimentos comerciais, demonstrando o longo caminho que ainda há que se percorrer na área residencial.
As informações foram extraídas da dissertação de mestrado Sustentabilidade na construção civil: Proposta de diretrizes baseadas nos selos de certificação ambiental defendida por Lívia Tavares Cosentino, no Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob orientação do professor Marcos Martins Borges.
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