Publicado em 31 de março de 2022 por Mecânica de Comunicação
O fator ambiental é uma das principais preocupações mundiais, acelerando o ritmo do desenvolvimento de Veículo Elétrico (VE). Além de ser um sistema de transporte eficiente e inteligente, oferece zero emissão de gases de efeito estufa durante seu funcionamento. Existem diferentes tipos de veículos que utilizam motores elétricos na sua propulsão. Basicamente, os tipos de VE incluem Veículo Elétrico Híbrido (VEH) e à Veículo Elétrico à Bateria (VEB).
As baterias usadas em VEH e VEB são referidas como baterias de tração. Os avanços na tecnologia de acumuladores tornaram a bateria de íon de lítio a preferida entre as opções. As desvantagens do VE estão principalmente associadas ao custo dos veículos, a autonomia e ao maior uso de metais como o lítio, o manganês, o cobalto ou os metais de terras raras, como o neodímio. Esses componentes especiais podem ter potencial maior de impacto ao meio ambiente do que os componentes utilizados na produção de um Veículo de Motor com Combustão Interna (VCI).
Do ponto de vista ambiental, o potencial dos VE precisa ser demonstrado levando em conta o ciclo de vida completo, incluindo sua fabricação, uso e fim de vida, assim como, o fornecimento de energia. A matriz energética, os padrões de uso e a composição dos materiais dos veículos são exemplos de importantes fatores que influenciam os resultados da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de veículos.
Cada produto tem uma "vida", começando pelo projeto e desenvolvimento do produto, seguido de extração de recursos, produção, uso/consumo e, finalmente, atividades referentes à gestão de resíduos. Todas as atividades ou processos, na vida de um produto, resultam em impactos ambientais devido ao consumo de recursos, emissões de substâncias no ambiente natural e outras trocas ambientais.
Assim, para garantir um desenvolvimento sustentável são necessários métodos e ferramentas capazes de medir e comparar os impactos ambientais das atividades humanas. A ACV é uma ferramenta capaz de avaliar impactos ambientais e os recursos utilizados ao longo do ciclo de vida de um produto, ou seja, desde a aquisição de matérias-primas até a gestão de resíduo.
Desse modo, a dissertação de mestrado Avaliação do ciclo de vida de um veículo elétrico simplificado à bateria, defendida por Thaise Campos Alves, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências Mecânicas da Universidade Federal de Santa Catarina, sob orientação do professor Xisto Lucas Travassos Junior, avaliou três cenários diferentes de veículos: veículo elétrico simplificado acoplado à dois tipos diferentes de bateria (chumbo-ácido e lítio) e veículo simplificado à combustão interna.
De maneira geral, na categoria de depleção da camada de ozônio e mudanças climáticas o kart elétrico à bateria de lítio teve o melhor desempenho. Na categoria de potencial de toxicidade humana, o kart à combustão interna teve o melhor desempenho. Além disso, é importante salientar, que em todas as categorias, o kart elétrico acoplado à bateria de lítio teve melhor desempenho ambiental do que o kart elétrico acoplado à bateria de chumbo-ácido.
As possíveis medidas e avanços tecnológicos que podem tornar o VEB melhor para todas as categorias de impacto incluem as melhorias no gerenciamento de resíduos sulfídricos e a redução de materiais específicos para bateria e motor elétrico já foram às fases mais contribuintes. Estas medidas associadas a geração de energia elétrica no Brasil, considera em sua maior parte como renovável, tornam a opção VEB interessante do ponto de vista ambiental.
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