Publicado em 14 de abril de 2022 por Mecânica de Comunicação
A introdução desenfreada de equipamentos eletrônicos produz uma grande quantidade de resíduos que tem como destinação final na maioria das vezes aterros sanitários ou lixões, resultando em graves consequências para os animais, ambientes e seres humanos. Isso porque existem substâncias nos equipamentos eletroeletrônicos que podem causar impactos à saúde humana e ao meio ambiente, como chumbo, mercúrio, cádmio e retardantes de chama.
Uma alternativa viável, portanto, é assegurar o descarte seguro dos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE), e consequentemente, ajudar a fomentar a cadeia de reciclagem de seus principais componentes. Quando coletado, separado e reciclado adequadamente, o lixo eletrônico poupa a natureza e ainda contribui para melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas.
Dessa forma, evita a contaminação do solo e das águas, por meio do tratamento adequado dos materiais potencialmente tóxicos, e reduz a quantidade de resíduos sólidos a ser enviada aos aterros sanitários. Além disso, possibilita o uso dos materiais recuperados como matéria-prima para outros segmentos da indústria, tais como o químico e o farmacêutico.
Embora a manipulação de REEE possa parecer um processo simples e seguro, observa-se que há riscos nas várias etapas relacionadas a reciclagem do REEE. É de grande importância ressaltar o uso de máscara, óculos, luvas entre outros equipamentos de proteção em relação ao acondicionamento físico, desmontagem, separação e transporte dos REEE. Muitas substâncias que fazem parte da composição dos REEE tem uma relevante ação neurotóxica nos seres humanos, causando uma constante preocupação relacionada ao tratamento inadequado destes REEE.
O ciclo de vida dos equipamentos eletrônicos (EEEs) pode variar de acordo com o país, a situação econômica e as opções tecnológicas, entre outros. De acordo com o modelo conceitual de ciclo de vida da UNEP, para os EEEs, os materiais residuais são preferencialmente destinados para outros ciclos produtivos, sob a forma de produtos recondicionados ou materiais, enquanto os rejeitos seguem para aterros. Este modelo é adotado pelo Brasil, por se tratar de um modelo onde a Sustentabilidade e o Meio Ambiente são respeitados, além de agregação de valores na cadeia de utilização de REEE.
Contudo, em Palmas, no Tocantins, os REEEs são descartados em grandes proporções, quase 75% de sua totalidade, de forma convencional junto com o lixo comum, sem reaproveitamento ou reciclagem, e não considerando seu potencial valor. Um dos motivos é a falta de informação, que leva as pessoas a tratarem o lixo eletrônico como o lixo comum, acarretando no descarte inadequado.
Os REEE não devem ser vistos, pela população, como alguma coisa sem utilidade e descartável. A separação correta e o descarte em locais definido, além de contribuírem para o descarte final adequado dos REEE preservando o meio ambiente, proporcionam também o reaproveitamento de equipamentos promovendo a sustentabilidade da matéria prima encontrada na natureza.
As informações foram extraídas da dissertação de mestrado Lixo eletrônico: um estudo sobre o tratamento dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos no município de Palmas – TO, defendida por Heleno Manduca Ayres Leal, no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Tocantins, sob orientação do professor Aparecido Osdimir Bertolin.
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