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Publicado em 16 de dezembro de 2016 por Mecânica de Comunicação

Potencial de investimentos para empresas italianas no Brasil

Segundo a Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria), há mais de 1000 indústrias italianas atuando no Brasil, que empregam cerca de 140 mil pessoas e possuem um faturamento conjunto de 30 bilhões de euros por ano. No entanto, em 2015, as trocas comerciais entre as duas nações somaram € 7 bilhões, uma queda de 10% em relação a 2014. Além disso, as exportações italianas ao Brasil caíram quase 25% no ano passado, e os oito primeiros meses de 2016 mostram que o sinal ainda não se inverteu.

Mesmo assim, de acordo com o Instituto Italiano de Estatísticas (Istat), o Brasil é o principal parceiro comercial dos italianos na América Latina. Já para os brasileiros, a Itália é o segundo parceiro comercial na Europa, depois da Alemanha, representando 2,2% de todo o comércio transacionado pelo Brasil. Entre 2010 e 2015, as exportações italianas para o Brasil registraram uma média anual de US$ 5,9 bilhões. Mais da metade dessas exportações (57%) são compostas por maquinários e produtos de elevado conteúdo tecnológico. No segmento de bens de capital, em particular, a Itália é o quarto principal fornecedor do Brasil, com um percentual de 7,8% do total das importações brasileiras na área. 

No que se refere aos investimentos diretos estrangeiros, o Censo de Capitais Estrangeiros no País realizado pelo Banco Central do Brasil avalia que a Itália possui o oitavo (US$ 17,1 bilhões) maior estoque de capitais investidos no Brasil, divididos entre os setores de informação e comunicação (34,9%), indústrias extrativas e de transformação (26,1%), energia e gás (21,8%), transporte e armazenagem (6,3%) e outros (10,9%). Esses dados foram apresentados na Missão Empresarial Brasil-Itália 2016, realizada em São Paulo, no final de novembro, que trouxe cerca de 50 empresas italianas e reuniu 500 participantes, entre empresários e executivos dos setores de infraestrutura, energia, aeroespacial, agronegócio, comunicação e tecnologia. 

Na ocasião, ainda foram apresentadas informações sobre o cenário da construção civil no Brasil e as possibilidades de investimentos em infraestrutura, por meio de palestras de representantes do governo federal, do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do governo do Rio de Janeiro e de entidades do setor, como a Sobratema e a Abdib.